29 de dezembro de 2010

Poderosa: Diário de uma garota que tem o mundo na mão .

PODEROSA
Sergio Klein

O pai e a mãe estão se separando, o irmão caçula é o garoto mais implicante do planeta e a avó passa os dias na cama, descascando a parede com as unhas, sem saber o que acontece ao redor. É este o habitat de Joana Dalva, que aos 13 anos sonha em ser escritora. Tudo o que ela desejava era criar histórias que distraíssem os futuros leitores, mas um dia faz uma redação sobre a quase xará Joana s'Arc e provoca uma reviravolta da História. Se uma simples redação podia mudar o passado, por que não usar a literatura para consertar o presente? Joana Dalva não hesita em converter a ficção em realidade. O problema é que cada texto produz conseqüências imprevistas, dando origem a outros problemas. E o jogo de gato e rato acaba escapando do controle. Para participar desse jogo, não é preciso ter a idade de Joana Dalva nem sentir na pele os conflitos e as espinhas da adolescência. Este romance de Sérgio Klein destina-se a todos os que ainda acreditam no poder transformador das palavras.



PODEROSA 02
Sergio Klein

Tudo o que ela escreve com a mão esquerda se transforma em realidade. Dar vida às palavras torna Joana Dalva uma pessoa especial... Mas como usar esse poder para superar a saudade da avó? Ou ajudar uma amiga a se livrar da anorexia? Ou escapar de um seqüestro e enfrentar a violência sem perder a cabeça?
Esses são alguns dos desafios que a garota que tem o mundo na mão registra em seu diário de bordo. Em plena travessia da adolescência, ela encontra um país cheio de delícias e perigos, apaixona-se perdidamente pela terra à vista e acaba descobrindo o Brasil.
Sucesso de público e de crítica, o primeiro livro da série foi finalista do Prêmio Jabuti/2006. Em Poderosa 2, Sérgio Klein navega ainda mais longe pelos sete mares da adolescência, mas passageiros de todas as idades vão querer embarcar nesta aventura...



PODEROSA 03
Sérgio Klein

Apenas parentes e pessoas mais próximas sabem que Joana Dalva transforma em realidade tudo o que escreve com a mão esquerda. Esse segredo, porém, acaba escapando entre os dedos.
Enquanto luta para se livrar das ameaças de uma dondoca terrorista, a garota ajuda uma colega de sala a domar o pai autoritário, ensina à avó a linguagem da internet e tenta sobreviver às implicâncias do irmão caçula. Diante de tantos desafios, Joana Dalva corre o risco de perder o poder... Mas nem assim ela perde a graça!
Com um texto esperto e bem-humorado, Sérgio Klein transita sem cerimônia pelos dramas e comédias da adolescência e surpreende os leitores - de todas as idades - com uma imaginação poderosa.


PODEROSA 04
Sergio Klein

Quem nunca sonhou estar em dois lugares ao mesmo tempo? Tal desejo pode parecer impossível, mas não para uma garota que transforma em realidade tudo o que escreve com a mão esquerda.
No quarto episódio da série, Joana Dalva ficará conhecendo um artista de rua ameaçado por uma gangue, um ex-domador que não vê a hora de voltar ao circo, uma faxineira supersticiosa que teve o filho seqüestrado. Para ajudar essa turma, a garota terá de conviver com amigos imaginários e inimigos reais, suportar o ciúme e a TPM, enfrentar répteis e felinos e sair à procura de um cadáver suspeito.
Será que alguém é capaz de fazer tudo isso sozinho? Para dar conta do recado, talvez Joana Dalva seja obrigada a se desdobrar. Literalmente.


PODEROSA 05
Sergio Klein

Joana Dalva está mais poderosa do que nunca: tudo o que ela escreve com a mão esquerda transforma-se em realidade imediatamente. O poder, porém, tem muitas faces. É possível encontrá-lo no carisma de um guru que realiza sessões de cura, no talento de uma manequim que ganha a vida sem se mexer e na força de um colega novato cheio de músculos e de mistérios. Essas personagens - e muitas outras que você já conhece - mergulham num jogo de ilusões em que nada é exatamente o que parece. Para chegar ao outro lado da verdade, será preciso penetrar num labirinto que esconde intrigas, ciúmes, vaidade, glamour... e até mesmo um minotauro! Mas não se preocupe. Para atravessar esse labirinto, você conta com a irreverência de Joana Dalva e com a prosa irresistível de Sérgio Klein.





20 de dezembro de 2010

Ciclo vicioso



Não me lembro bem o dia certo, mas já passava das doze horas, e os alunos estavam saindo do colégio - inclusive eu. A principio foi um dia banal, mas ao olhar aqueles olhos castanhos - que só vim perceber que eram castanhos a pouco tempo - tinha a certeza de que eles seriam meus.
A ansiedade de conhecer aqueles olhos, possuía a minha mente. E em meados de maio, pude sentir pela primeira vez o calor e a pressão dos seus braços me envolvendo. Um dia inesquecível - pelo menos para mim.
As coisas pareciam estar indo melhor do que eu imaginava, até um amigo em comum entre a gente, naquela época, informar que ele iria morar em outra cidade, e que seria em breve.
Não podia ser verdade. Eu tinha que fazer alguma coisa. Mas O QUE? Um ar de impotência me cercava, e eu já estava completamente apaixonada. Conversar com ele - o menor tempo que fosse - era muito bom, porém, nunca o suficiente. Ele iria embora quando... nos vimos outra vez.
Tudo aconteceu muito rápido. Era uma tarde de Junho e muita coisa se passava na minha mente, mas eu só via uma coisa na minha frente - ele - e nada mais importava agora.
Eu não sabia, mas a partir daquele momento, ele se tornou a minha unica excessão. Naquele dia, o relógio parecia estar com pressa, a hora passou que nem se percebeu. E logo tivemos que nos despedir. Eu ainda tinha esperanças de revê-lo antes de sua partida, mas nada disso aconteceu.
Eu não suportei - estava apaixonada - estava com raiva, e chorei, chorei muito. Era noite - cedo, mas o céu estava nublado - e de alguma forma, não sei como, de repente e pela primeira vez, vi uma estrela cadente. Eu não acredito muito nessas coisas, mas fiz um pedido: pedi para que ele ficasse.
Pedido tolo, de nada adiantou - lágrimas e birras - todas em vão. Ele se foi e nada pude fazer para impedir meu amor.
Cheguei a me envolver com outras pessoas, mas ao pensar na possibilidade de vê-lo outra vez...Ah, esquecia do mundo!
Cinco meses se passaram, e aquele - que eu considerava o meu garoto - voltou para comemorar seu aniversário por aqui.  E tinha deixado um recado pedindo para me ver. Não exitei em nenhum momento, era minha única chance de vê-lo e não sabia quando iria acontecer novamente.
Olhar naqueles olhos, sentir seu abraço, ouvir a sua voz tentando me convencer de coisas e poder beijá-lo era tudo o que eu queria. Mais uma vez ao passar por aquele portão, só aquele momento importava, só e nada mais E quando a história se repetia mais uma vez, tivemos de dizer adeus.
Me senti disposta a respeitar o meu amor. Durante dez meses, me assegurei de qualquer relacionamento. Dez meses imaginando vê-lo novamente. Dez meses sonhando como seria se ficássemos juntos. Dez meses me contentando com o pouco contato, que me fazia um bem muito grande.
Um dia me disseram, que é só falar dele que os meus olhos brilham - e eu acredito, porque do jeito que o meu coração descompassa...
Uma vez ele comentou que se da próxima vez não me encontrasse, não saberia o que fazer - como não acreditar numa coisa dessas? E por mais que seja mentira, eu amo a maneira como você mente.
O mais importante, TERIA UMA OUTRA VEZ! - e ele queria me ver. E eu mais que tudo.
Marcamos várias vezes, mas nunca dava certo. Minhas mãos suavam, sentia calafrios pelo meu corpo, meu coração acelerava e perdia o ritmo.
Eu decidi que se eu não fizesse alguma coisa, não poderia vê-lo - o meu amorzinho.
Corri riscos por ele, e o mais rápido possível, cheguei onde ele estava. Aqueles olhos castanhos, o ouro daquele cabelo, o vermelho natural daquela boca - não acreditei que estava ali.
É como um fenômeno na minha vida, que acontece uma vez no ano - que me deixa tão feliz e nostalgiada que parece que nada pode acabar com esse sentimento: nem a distância, nem outra garota.
Mas o meu amor - se é que isso é amor - é tão grande, tão grande, que suporta tudo por ele. Mesmo que só parta de mim, mesmo que só exista em mim. De alguma forma eu estou na vida daquele garoto, e de todas as formas ele está na minha.
O "the end" sempre acontece, mas o "era uma vez" sempre volta.

Dominique Melo