15 de abril de 2016

#Livro | Resenha: A Sereia

Geeeenteee, que saudades daqui! Tô muito em dívida com vocês por causa da falta de postagens com frequência aqui no Desmascarada, e depois de basicamente só posts com playlists, vim postar na minha categoria preferida ever e trouxe uma resenha mara, sobre um livro mara, de uma autora mara, que escreveu uma série mara (hahaha, acho que vocês já entenderam!)

Depois de cinco meses sem ler ou conseguir terminar nenhum livro, Kiera Cass me trouxe de volta a ativa com A Sereia (título original: The Siren) e óooobvio que eu não iria deixar de compartilhar isso com voxês né?
Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

Kahlen é uma garota de 19 anos que após um naufrágio, escolheu viver. E foi por essa decisão que a Àgua a "salvou". Porque as aspas? Bem, viver 100 anos de servidão, cantando e alimentando a Água com a morte de pessoas inocentes, não me parece bem uma salvação. Mas se tornar uma sereia era a melhor chance para Kahlen continuar vivendo. Sem essa segunda chance, ela certamente teria morrido afogada, e jamais teria se unido a uma irmandade de garotas aparentemente comuns, mas que não envelhecem, não se machucam e têm uma beleza radiante.
Eu ia morrer.
Não!, pensei enquanto lutava para voltar à superfície. Não estou pronta! Quero viver! Dezenove anos não era o bastante. (...)
É real?  
Não tive tempo para duvidar da existência da voz que ouvia: Sim! 
O que você daria para continuar viva?
Qualquer coisa! (pág. 13)

ALERTA: Não leia este livro pensando (como eu) que haveria uma cena incrível de transformação e que surgiriam caudas maravilhosas quando as meninas entrassem na Água. Elas não são esse tipo de sereia. Aparentemente, elas são inteiramente humanas e vivem quase que normalmente na civilização. Tirando o fato de que durante a servidão, elas não envelhecem, não ficam doentes ou mesmo se machucam, suas vozes são venenosas - portando não podem se comunicar com ninguém além da Água e entre si mesmas - e conseguem respirar embaixo d’água. Aliás, ao entrarem na água, a única mudança que ocorre em seus corpos é um vestido de sal que surge e as envolve.

Voltando à história.. Após 80 anos servindo à Água, Kahlen não se lembra muito da sua vida anterior, a não ser por alguns flashes desconexos do que antecedeu o naugráfio. E sua única família agora são suas irmãs-sereias: Elizabeth, Miaka e Aisling e a Água. E sua única função é alimentá-La. A Água tinha fome e para saciá-La as jovens sereias eram obrigadas a cantar com suas vozes mortais. E apesar de tantos anos fazendo isso, Kahlen não consegue superar as mortes que a rodeiam.

Parte mãe, parte carcereira, parte chefe… era uma relação difícil de explicar. (pág. 37)

Para diminuir o fardo de ser sereia, Kahlen e suas irmãs tentam levar uma vida normal, sempre com o cuidado de manter seu segredo em segredo. Pois poderiam por em risco a vida de outras pessoas além das suas próprias vidas. O que leva às garotas a se mudarem com uma certa frequencia. Enquanto morava em Miame, Kahlen em uma de suas visitas à biblioteca de uma universidade (um de seus lugares preferidos, pois gostava de estar entre os humanos e observá-los) é surpreendida por Akinli, um garoto gentil, e que a princípio, não se importa com o silêncio dela, e nem é atraído por seu encanto natural de sereia, o garoto parece interessado no que Kahlen tem a dizer, e isso desperta seu interesse.

Mais uma vez ele não se incomodou com meu silêncio. E de repente percebi o que me deixava tão desconfortável nas aventuras de Elizabeth. As pessoas que ela atraía ficavam fascinadas com as mesmas coisas que fascinavam todo mundo: nossa pele brilhante, olhos sonhadores e um ar misterioso. Mas esse garoto?  Parecia enxergar muito mais que isso. Me enxergava não só como uma beleza misteriosa, mas como uma garota que ele queria conhecer. (pág. 57)

Se apaixonar nunca foi uma opção, porque elas não ficariam por perto por muito tempo – e, se ficassem, como explicariam o fato de não envelhecerem nada dali a alguns anos? E não ficarem doentes ou se machucarem? Mas nós mais do que sabemos que ninguém manda no próprio coração e então Kahlen se vê apaixonada por um humano. Akinli.

Nada melhor (ou mais clichê - mas quem não adora clichês?!) do que um amor impossível/proibido para alimentar a trama. Uma delicinha de livro pra ler, que envolve e te prende até o último capítulo. Amei e vale a pena a leitura!!

BEIJOS, BEIJOS