#Livro | Resenha: O Lado Bom da Vida

Estava numa indecisão terrível para escolher qual livro leria primeiro, e por fim escolhi O Lado Bom da Vida. Fiquei com receio de comprar ele na hora, mas quando comecei a ler, não me arrependi por nenhum centavo e por nenhuma palavra!

Você nunca imaginou se apaixonar por um louco até conhecer Pat Peoples.

Sinopse:

Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um “tempo separados”.
Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.

A história é narrada por Pat,  um ex-professor de 30 e poucos anos que acaba de sair de uma instituição psiquiátrica (chamada por ele de “lugar ruim”). Convencido de que passou apenas oito meses lá, Pat não se lembra do que fez para estar ali. Disposto a fazer com que o filme da sua vida tenha um final feliz, tudo o que Pat faz é pensando em sua ex-mulher Nikki e em acabar o tempo separados. Os motivos que fizeram Pat deixar de ser uma pessoa "normal" para um "mentalmente perturbado" ficam desconhecidos durante praticamente todo o livro. 

E ele começa contando desde o dia que sua mãe o tirou do lugar ruim. Ele volta a morar com os pais mesmo tendo uma relação fria com o pai, que o humor da semana muda de acordo com o resultado dos jogos dos Eagles. (o que poderia ser muito ruim, já que Pat se irrita com facilidade). Num jantar de boas vindas na casa de seu amigo Ronnie, ele conhece Tiffany, a cunhada de Ronnie, que perdeu o marido e foi parar em uma clinica de reabilitação depois disso e é "mentalmente perturbada" como ele.

Muitas vezes Pat se mostra muito infantil ou inocente, sempre querendo o melhor das coisas, o melhor dele, mas torna a leitura um pouco cansativa e até mesmo repetitiva ao que Pat repete inúmeras vezes as mesmas frases ao longo do livro (como dizer que ele está praticando ser gentil em vez de ter razão), o que não deixa a leitura ruim, mas pode tirar a paciência dos mais exigentes. Mas poxa, é tudo que se passa na mente perturbada de Pat. 

Uma coisa que eu gostei bastante foram as raras vezes que Pat conversa com o leitor, como se o livro fosse escrito para ser lido MESMO.

O livro do meu ponto de vista deixou um pouco a desejar na parte romântica da história (o que é bem mais enfatizado no filme), mas o fanatismo do Pat e da família dele pelos Eagles foi muito mais citado, tanto que li tantas vezes “E-A-G-L-E-S! EAGLES!”, que em um determinado momento, fui procurar no youtube alguém cantando o hino dos Eagles. (blog da Mari) 

Se eu entendesse alguma coisa de futebol americano, com certeza já seria uma torcedora oficial dos Birds. 

Eu tinha assistido ao filme primeiro, só que não completamente e nem com a atenção necessária para entender, já que ele é realmente um pouco complicado até que chegue o final para explicar. Então pensei em comprar o livro para entender o filme, o que por um lado foi uma boa ideia, até eu descobrir que eles são bem diferentes um do outro (apesar de ter amado ambos). No filme existe uma falta de detalhes que o faz ficar mais confuso que o livro. Por isso não acho que assistir antes de ler atrapalhe a leitura, apesar de criar uma falsa expectativa para o final. Até por que eu re-assisti antes mesmo de terminar o livro.

Desculpem a relação mútua com o filme, mas é inevitável não comentar.

Agora uma questão que gera polêmica é a questão das capas, qual a que vocês mais gostam? Acho a inspirada no filme linda, mas a original é bem mais profunda, mostra a rua onde Pat sempre corria e dá um destaque às nuvens, que ele tanto gostava. E se olhar bem, lá estão eles dois no finalzinho da rua ♥